Doma Gaúcha: Técnica, tradição e respostas!

 

A doma é uma etapa fundamental para o desenvolvimento físico e comportamental dos cavalos, garantindo desempenho, segurança e bem-estar, tanto nas lidas do campo quanto nas pistas. Investir em conhecimento e aplicar técnicas corretas faz toda a diferença, refletindo em bons resultados, valorização do animal e retorno garantido.


Segundo nosso amigo e domador Zeca Alves, um potro bem composto, bem preparado fisicamente, nada mais é que um atleta em plenas condições de iniciar a sua vida funcional, sim, a doma é o início da vida funcional dos potros independente de qualquer que seja o projeto para o qual cada indivíduo será designado; por isso é muito importante que tenhamos consciência da importância do fortalecimento de tendões, articulações, musculatura, bem como o fôlego, expandindo os pulmões dos potros , facilitando a oxigenação do cérebro, evitando a fadiga e aumentando a capacidade de memória.


Vale também esclarecer que sobrepeso não é sinônimo de preparo, o score corporal ideal para um cavalo em fase de doma, é aquele cuja musculatura fortalece principalmente a linha dorsal, forrando o lombo, e mantendo o porte atlético, sem excessos.


Neste material, vamos esclarecer as principais dúvidas e responder aos questionamentos mais comuns sobre a doma gaúcha.


Qual idade ideal para iniciar um potro? 


Não existe uma idade exata para iniciar a doma gaúcha, mas de forma geral, o momento ideal costuma ser a partir dos dois anos e meio, fase em que o animal já apresenta um desenvolvimento físico mais adequado para o início do trabalho.


No entanto, isso pode variar bastante de acordo com a experiência de cada domador. Alguns preferem começar um pouco antes, aos dois anos; outros optam por esperar até os três. Tudo depende da avaliação individual do potro e do manejo. 


Doma Tradicional ou Doma Racional? 

Essa é uma dúvida comum entre muitos domadores, especialmente aqueles que estão começando o processo. A verdade é que ambas as técnicas, a tradicional e a racional ainda são bastante utilizadas, especialmente no Rio Grande do Sul. A escolha entre uma ou outra geralmente depende da experiência e da preferência de cada domador.

Nos últimos tempos, porém, a doma racional tem ganhado cada vez mais espaço. Isso porque ela prioriza o bem-estar do animal, utilizando comandos de voz, linguagem corporal e o tato como ferramentas principais. O foco está na comunicação e no entendimento do comportamento do cavalo, respeitando seus limites e estabelecendo uma relação de confiança e respeito entre o animal e o domador. Por outro lado, a doma tradicional preserva os costumes antigos, fazendo uso de técnicas que carregam a essência do trabalho campeiro.

Qual é a duração média do processo de doma?

O tempo de doma pode variar por diversos fatores, sendo o principal deles o andamento do trabalho com o cavalo, a técnica aplicada e a frequência dos treinos. Em média, a doma inicial dura entre 30 e 90 dias, mas o aprimoramento do animal é um processo contínuo que se estende ao longo do tempo.

A “segunda sova” se faz realmente necessária?

Depende. Não é uma etapa obrigatória, mas é bastante recomendada, especialmente quando o animal ficou muito tempo solto no pasto. Geralmente, essa fase é uma continuidade do processo de doma inicial.

Essas são algumas das dúvidas mais comuns sobre a doma gaúcha. Para quem tem interesse no assunto ou está começando nesse mercado, uma ótima recomendação é a leitura do livro A Doma Tradicional, de Zeca Alves. Na obra, o autor compartilha um pouco da sua trajetória como domador e apresenta os fundamentos da doma tradicional, uma das práticas que ainda é bastante presente no campo. 

Esperamos que tenha aprendido algo novo com este conteúdo!

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