Doma Tradicional ou Racional? Entenda as diferenças e escolha a melhor!

 Foto: Zeca Alves

Com certeza você já ouviu falar em algum tipo de doma — especialmente se vive ou conhece alguém do estado do Rio Grande do Sul. Termos como doma racional, tradicional ou natural fazem parte do vocabulário de quem convive com cavalos. Mas você realmente sabe o que cada um significa e quais são as diferenças entre eles? É exatamente isso que vamos te mostrar agora.


Mas antes de explorarmos os diferentes tipos de doma, é importante entender o que, de fato, é a doma e qual é a sua finalidade.

A doma de cavalos é um processo que envolve um conjunto de técnicas organizadas, cujo objetivo principal é estabelecer uma forma eficaz de comunicação entre o homem e o animal.

Durante muito tempo, tanto na história quanto na cultura popular, a doma foi vista como um ato de dominação — uma maneira de forçar o cavalo a se submeter à vontade do ser humano. Essa visão tradicional, baseada na imposição, ainda é presente em algumas práticas, mas vem sendo cada vez mais questionada à luz de novos conhecimentos sobre comportamento animal e bem-estar.

Hoje em dia, a doma deixou de ser vista apenas como um ato de fazer o cavalo obedecer à força. Agora, ela é entendida como um processo de construção de confiança, respeito e parceria entre o animal e quem o treina.E é justamente por isso que existem diferentes tipos de doma — cada um com sua abordagem e objetivos. Que tal conhecer melhor essas variações?

Doma Tradicional:

Nesse tipo de doma, o cavalo chucro é encilhado sem nunca ter tido contato prévio com a sela ou outro equipamento de montaria — e, muitas vezes, com pouquíssimo contato com humanos. O ginete sobe no animal, que reage instintivamente com saltos, tentando derrubar o cavaleiro. Nessa técnica, é comum o uso de esporas e outros utensílios para estimular o cavalo a se movimentar até ficar exausto. Somente após esse desgaste físico, o animal começa a aprender os comandos do ginete/cavaleiro. 

Outras formas de doma tradicional envolvem práticas como laçar o cavalo para derrubá-lo, além do uso de punição como método de correção. Ou seja, nesse tipo de abordagem, não se prioriza a construção de confiança nem o bem-estar do animal. O cavalo é exigido e cobrado de acordo com suas limitações físicas, buscando resultados por meio da força e do controle, sem consideração pelas necessidades do animal.

Mesmo hoje, muitos desses métodos tradicionais ainda são utilizados na rotina de doma de cavalos no Brasil, inclusive em processos que se intitulam “racionais”, mas que mantêm traços de técnicas antigas e agressivas.

Doma Racional:

Nesse método, ao contrário do anterior, a prioridade é estimular a confiança e a compreensão do cavalo em relação ao ginete.

A doma racional de equinos é um método de adestramento que busca condicionar o cavalo de forma tranquila e sem violência. Utilizando comandos de voz, linguagem corporal e tato, esse processo cria um vínculo de confiança e respeito entre o cavalo e o domador. Ao invés de recorrer à força, a doma racional foca na comunicação, no entendimento do comportamento do animal e no respeito às suas limitações. O resultado é um cavalo mais manso, confiável e obediente, pronto para estabelecer uma parceria com o ser humano.

Acreditamos que essa abordagem é uma maneira mais suave de exigir do animal, estabelecendo uma conexão com ele. Ao evitar o uso de violência, contribui para tornar o cavalo mais equilibrado.

E então, você já sabia já conhecia sobre os tipos de doma? Esperamos que tenha aprendido algo novo com este conteúdo!

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