Já ouviu falar em PPID ou Síndrome de Cushing?

Entre os sinais clínicos mais comuns estão: pelagem longa, densa e com dificuldade de troca, sudorese excessiva, aumento da ingestão de água e da produção de urina, perda de massa muscular e maior predisposição a infecções. Apesar de ser uma condição crônica, com o acompanhamento veterinário adequado e tratamento específico, muitos cavalos podem manter uma boa qualidade de vida.
A faixa etária mais afetada varia entre 18 e 23 anos, embora haja relatos da doença em animais mais jovens, inclusive fêmeas com menos de 7 anos. As causas da síndrome estão relacionadas à exposição prolongada a níveis elevados de cortisona no organismo — o que pode ocorrer tanto pelo uso contínuo de medicamentos corticoides quanto pela produção anormal dessa substância pelas glândulas suprarrenais.
Sintomas: quais são os sinais da Síndrome de Cushing nos equinos?
- Sudorese frequente e queda no desempenho físico.
- Aumento da urina (poliúria) e da ingestão de água (polidipsia).
- Crescimento anormal de pelos durante o ano todo, muitas vezes longos e ondulados (hirsutismo).
- Maior predisposição a outras doenças, como laminite, infecções e problemas dentários.
- Cicatrização mais lenta de feridas.
- Muda de pelo mais demorada que o normal.
Acúmulo de gordura em locais incomuns do corpo (redistribuição de gordura), acompanhado de perda de massa muscular.
Como diagnosticar a doença?
Embora a pelagem longa e lanosa seja um sinal clássico da PPID (Síndrome de Cushing), é importante saber que nem todos os cavalos com a doença apresentam essa característica. Por isso, a única forma confiável de confirmar o diagnóstico é por meio de exames específicos. O ideal é que esses testes comecem a ser feitos logo nos primeiros anos da fase adulta do cavalo, facilitando a detecção precoce da condição e prevenindo complicações futuras.
Os principais exames usados para diagnosticar a PPID incluem:
- Teste de ACTH basal: Esse exame mede os níveis do hormônio ACTH no sangue do cavalo. Não é necessário jejum total, mas o animal deve ficar sem ração concentrada (grãos) por pelo menos 12 horas antes da coleta. Os valores de referência do ACTH podem variar conforme a estação do ano, e também são influenciados por fatores como estresse, doenças, exercícios físicos ou até mesmo a alimentação. Por isso, o ideal é que o teste seja realizado quando o cavalo estiver em boas condições de saúde, calmo e em seu ambiente habitual. Vale lembrar que esse exame pode não identificar casos em estágios muito iniciais da doença.
Teste de estimulação com TRH (hormônio liberador de tireotropina): Este é um teste mais sensível e indicado para detectar a PPID, especialmente nas fases iniciais. Ele consiste em medir primeiro o nível de ACTH, aplicar uma dose intravenosa de TRH e coletar uma nova amostra de sangue cerca de 10 minutos depois. A resposta hormonal à estimulação ajuda a identificar alterações típicas da síndrome com maior precisão.
E então, você já conhecia essa doença? Esperamos que tenha aprendido algo novo com este conteúdo!
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