Já ouviu falar em PPID ou Síndrome de Cushing?

Foto: freepik

A Síndrome de Cushing em cavalos, também conhecida como PPID (Doença da Disfunção da Pars Intermédia da Hipófise), é uma enfermidade hormonal que afeta, com maior frequência, animais mais velhos. Ela ocorre quando a hipófise — uma glândula localizada no cérebro — passa a produzir hormônios em excesso, desencadeando uma série de alterações no organismo do cavalo.

Entre os sinais clínicos mais comuns estão: pelagem longa, densa e com dificuldade de troca, sudorese excessiva, aumento da ingestão de água e da produção de urina, perda de massa muscular e maior predisposição a infecções. Apesar de ser uma condição crônica, com o acompanhamento veterinário adequado e tratamento específico, muitos cavalos podem manter uma boa qualidade de vida.

A faixa etária mais afetada varia entre 18 e 23 anos, embora haja relatos da doença em animais mais jovens, inclusive fêmeas com menos de 7 anos. As causas da síndrome estão relacionadas à exposição prolongada a níveis elevados de cortisona no organismo — o que pode ocorrer tanto pelo uso contínuo de medicamentos corticoides quanto pela produção anormal dessa substância pelas glândulas suprarrenais.

Sintomas: quais são os sinais da Síndrome de Cushing nos equinos?


O excesso de cortisol no organismo faz com que o sistema imunológico do cavalo fique constantemente enfraquecido. Por isso, os animais com Síndrome de Cushing podem apresentar diversos sintomas, como:

  • Sudorese frequente e queda no desempenho físico.

  • Aumento da urina (poliúria) e da ingestão de água (polidipsia).

  • Crescimento anormal de pelos durante o ano todo, muitas vezes longos e ondulados (hirsutismo).

  • Maior predisposição a outras doenças, como laminite, infecções e problemas dentários.

  • Cicatrização mais lenta de feridas.

  • Muda de pelo mais demorada que o normal.

  • Acúmulo de gordura em locais incomuns do corpo (redistribuição de gordura), acompanhado de perda de massa muscular.

Como diagnosticar a doença? 

Embora a pelagem longa e lanosa seja um sinal clássico da PPID (Síndrome de Cushing), é importante saber que nem todos os cavalos com a doença apresentam essa característica. Por isso, a única forma confiável de confirmar o diagnóstico é por meio de exames específicos. O ideal é que esses testes comecem a ser feitos logo nos primeiros anos da fase adulta do cavalo, facilitando a detecção precoce da condição e prevenindo complicações futuras.

Os principais exames usados para diagnosticar a PPID incluem:

  • Teste de ACTH basal: Esse exame mede os níveis do hormônio ACTH no sangue do cavalo. Não é necessário jejum total, mas o animal deve ficar sem ração concentrada (grãos) por pelo menos 12 horas antes da coleta. Os valores de referência do ACTH podem variar conforme a estação do ano, e também são influenciados por fatores como estresse, doenças, exercícios físicos ou até mesmo a alimentação. Por isso, o ideal é que o teste seja realizado quando o cavalo estiver em boas condições de saúde, calmo e em seu ambiente habitual. Vale lembrar que esse exame pode não identificar casos em estágios muito iniciais da doença.

  • Teste de estimulação com TRH (hormônio liberador de tireotropina): Este é um teste mais sensível e indicado para detectar a PPID, especialmente nas fases iniciais. Ele consiste em medir primeiro o nível de ACTH, aplicar uma dose intravenosa de TRH e coletar uma nova amostra de sangue cerca de 10 minutos depois. A resposta hormonal à estimulação ajuda a identificar alterações típicas da síndrome com maior precisão.

E então, você já conhecia essa doença? Esperamos que tenha aprendido algo novo com este conteúdo!

Se gostou, continue acompanhando nosso blog para mais informações e dicas sobre o universo dos equinos. Aqui, você encontra conteúdos como esse e muito mais!


 

Comentários

Postagens mais visitadas